Fast Food é um estilo de vida. Em tempos, ir ao McDonald’s comer um hambúrguer era quase um acto de rebeldia, hoje em dia observamos romarias de famílias inteiras a saborear o último cabeça-de-cartaz do líder comercial de ‘comida de plástico’ do Mundo.
Em Portugal temos o McDonald’s, a Pizza Hut, o recém-chegado Subway, o ainda-por-descobrir Burger King, KFC, a Telepizza, o Joshua’s Shoarma Grill, entre outros.
O meu favorito é o restaurante Israelita Joshua’s Shoarma que tem as tão apreciadas pitas shoarmas acompanhadas pelo molho de alho, poção essa considerada o Santo Graal da fast food. Também famoso pela sua comida vegetariana – com aspecto algo duvidoso, diga-se de passagem.
Na adolescência, todo o dinheiro que se consiga poupar é bem-vindo para se gastar em coisas típicas da idade. Daí, os adolescentes serem quase sempre o Cliente do Mês do McDonald’s e afins.
Por três razões muito simples: a primeira é que é barato, a segunda é que sabe bem, e a terceira e não menos importante é que a comida servida nas cantinas escolares é uma banhada.
Na adolescência uma das coisas que mais damos importância é o aspecto – a embalagem -, e o aspecto das “saladas russas” que vagueiam por essas escolas deste Portugal fica a dever uns bons argumentos aos nossos neurónios. Depois vem o sabor – o conteúdo, o mais importante segundo os politicamente correctos – que também fica a dever qualquer coisa ao nosso estômago. Eu não sei, mas acho que as cantinas escolares andam numa desenfreada luta com as cantinas dos estabelecimentos prisionais. A nós, alunos, só nos falta a velhota com o cigarro no canto da boca a deixar cair cinza para cima do pitéu. Porque de resto temos tudo: o cheiro nauseabundo, os tabuleiros dos anos 80, as mesas em fila, e a meia dúzia de sobremesas boas, que ficam sempre para quem chega primeiro, diminuindo-nos a sobras como os pudins flan com sabor a fiambre.
E é por isso que o fast food está para os teenagers como os Manolo Blahnik estão para Carrie Bradshaw, a protagonista de Sex In The City. Ao contrário dos Manolo, a comida plástica é ao preço da banana, quase oferecida. E ao contrário de Carrie, que compra os sapatos por preços exorbitantes para alimentar a alma – consequências de quem vive numa grande metrópole – nós somos obrigados a usar e abusar dos hambúrgueres e das pizzas: é barato e alimenta – nem que seja só os olhos.
Em 2010, os Estados Unidos tornaram-se no país onde mais de metade da população adulta é obesa – são tantos que a pessoa que estava a contar morreu de fadiga – e onde os problemas de saúde como os diabetes e os problemas cardiovasculares afectam mais de metade da população.
Lá, até nos hospitais – privados, é claro, mas não deixam de ser hospitais – existem McDonald’s…
Com esta brincadeira, prevê-se que a esperança média de vida dos mais novos passe a ser bastante curta, já para não falar nos distúrbios de personalidade causados pelo estigma da gordura. E todos temos um amigo com algum peso a mais, que se chama António, mas é conhecido por O Gordo. O que é triste…
Isto tudo para dizer que a KFC (Kentucky Fried Chicken) acaba de apresentar a sua última invenção: uma sandes de bacon e queijo em que o pão é substituído por dois filetes de frango frito.
Hmmm-Hmmm I Can’t Wait To See…